O mundo inteiro, incrédulo, tomou conhecimento esta semana do bárbaro assassinato de 12 pessoas em França pelo simples facto de alguém ter decidido que não concordava com certas caricaturas do jornal "Charlie Hebdo". Se é certo que já por várias vezes assistimos a ataques em massa contra inocentes, também é verdade que não é todos os dias que presenciamos agressões de tal amplitude contra pessoas, neste caso a maioria jornalistas, pelo único motivo de não se estar de acordo com o que estes escrevem, dizem, desenham ou pensam. Algumas pessoas, contudo, opinam que os que assassinaram tiveram os seus justos motivos, dadas as vezes em que aquele jornal supostamente difamou e maltratou a imagem do profeta da religião a que pertenciam. Ora, nada mais incorrecto, salvo mais fundamentada opinião.
Em Portugal, em França, na Europa, no Mundo civilizado, não há certamente bem mais importante que a própria vida, não sendo admitida na maioria desses países, salvo nos Estados Unidos, a pena de morte, mesmo para os que cometeram os crimes mais horrendos. Como admitir assim que alguem, com ou sem julgamento, possa assassinar pessoas deliberadamente só pelo facto de não estar de acordo com o que se escreveu ou desenhou? Como concordar com o assassinato de pessoas que nem jornalistas eram, só pelo simples facto de estarem no local e hora errados? O que é hoje necessário dizer, com toda a força e coragem necessárias, é que não há hoje no mundo civilizado bem mais importante que a vida humana, não sendo pois possível justificar o ataque bárbaro sofrido pelos 12 cidadãos franceses com a suposta agressão de outros bens porventura também importantes, colocados em causa pelas caricaturas publicadas pelo "Charlie Hebdo". Tampouco poderemos hipotecar a liberdade de expressão duramente conquistada a medos ou receios de quem supostamente é detentor da verdade suprema, venham eles de onde vierem.
A vida humana não tem preço!... a liberdade de expressão não é negociável!...
JUVENTUDE SOCIALISTA - JS - Muito melhor que fazer um bom Plano Poupança Educação num qualquer Banco privado, que daqui a uns dias corre o sério risco de lhe dar o treco e perder assim, de uma assentada, tudo quanto esforçadamente poupou para a educação futura dos seus rebentos, pense antes em inscrevê-los o quanto antes na Juventude Socialista mais próxima aí do bairro, pois pode ter a certeza que garante muito melhor o seu futuro dando esse ousado passo que deixar-se cair na asneira de entregar ao "Deus dará" das Escolas e Universidades essa tarefa que tantas dores de cabeça costuma dar aos pais e mães deste desmiolado e encravado país. Sim, porque pelo andar da carruagem pode até aspirar a dar aos seus filhos uma boa licenciatura, encavalitada por um excelente mestrado... mas garantia de um emprego certo e de um bom ordenado é que é mais difícil de dar. A não ser que...
A não ser que inscreva já, mas já mesmo, os seus miúdos ou miúdas numa das Juventudes dos partidos do chamado "arco do poder", que melhor seria serem chamados do "vício do poder", pois para uma vida de êxito e sucesso tudo aparenta não haver melhor. Para os seus miúdos nunca será preciso nada dessas coisas complicadíssimas de saber distinguir filosoficamente entre socialismo e social-democracia, entre democracia cristã e capitalismo, já que essas definições chatas só servem para confundir e atazinar ainda mais as cabeças dos miúdos e afinal, e a bom ver, são precisamente tudo e a mesma coisa. E mais ainda: referências anteriores de bom comportamento, provas dadas no exercício da cidadania e "curriculuns" políticos são desnecessários, pois basta um descomprometido desapego a essas balelas da moral e dos valores e uma ambição desmedida de chegar ao poleiro a qualquer preço para que os putos se sintam como se estivessem em casa. Mas, dir-nos-ão vocês: é assim tudo tão corriqueiro e fácil?... fácil pode não ser (pois a fila dos pretendentes é muito longa...), mas o prémio mais que justifica. Será sempre uma via obrigatória a ter em conta para se chegar a presidente de uma bem abonada Junta de Freguesia de primeira linha de Lisboa ou Porto, a um bem remunerado lugar de vereador ou presidente de uma Câmara de peso, ou até, quem sabe, ao lugar catita e cimeiro que já foi ocupado por Sócrates... esse por muitos incompreendido Primeiro Ministro.
E, para além do mais, mesmo que algum dos seus miúdos, enfastiado de malhar nos "books", tenha abandonado a Universidade a meio e mandado os apontamentos às malvas, nada de se preocupar... sem estudar, e batendo às portas certas, conseguirá na mesma a licenciatura, nem que tenha que ser a um domingo. De que está então à espera?...
Inscreva os seus miúdos rapidamente na JS, antes que seja tarde!... os ordenadões que os aguardam são de estalo... e tudo a expensas das infindáveis e gelatinosas "gorduras do Estado"!...
Qualquer um de nós já pensou para si mesmo o quão difícil será o dia em que tenha, por doença súbita ou velhice, de ter que bater à porta de um Hospital, seja ele público ou privado. Sim, pois quem já por lá andou bem sabe que em todos eles existem muitas coisas boas e outras nem tão boas assim. Contudo, se tentarmos ser honestos com nós próprios, não poderemos deixar de concluir que depois do 25 de Abril de 1974, e até há uns anos a esta parte, o Serviço Nacional de Saúde em Portugal teve um papel determinante no aumento da esperança de vida da população e atingiu até em alguns aspectos níveis dos melhores da Europa.
Mas que dizer das vergonhosas situações de que temos tomado conhecimento nos últimos dias, nomeadamente da morte de uma pessoa de 80 anos após seis horas de espera na urgência do Hospital de S. José, em Lisboa?... e de uma outra morte de uma pessoa de 57 anos, desta vez no Hospital de Santa Maria de Feira, após igualmente cinco horas na fila das urgências do mesmo hospital?... a conclusão só poderá ser de que algo de grave se passa em Portugal, nomeadamente na área da Saúde. E a gravidade da situação não poderá desligar-se dos ataques cerrados que têm sido feitos à área da Saúde por parte do actual Governo, ataques que têm passado pelo fortíssimo desinvestimento e cortes de centenas de milhões de euros no sector e no ataque declarado aos médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde. Ora, sem médicos e enfermeiros não há Serviço Nacional de Saúde capaz de responder às necessidades das populações, e daí as duas mortes vergonhosas que o país acabou de presenciar.
Vamos continuar a assistir, impávidos e serenos, à destruição do Serviço Nacional de Saúde em Portugal?...
Portugal é um país da Europa ou do Corno de África?...
JUVENTUDE SOCIAL DEMOCRATA - JSD - Não haverá certamente nenhum bom pai de família que não queira o melhor para os seus filhos. A melhor educação, a melhor escola, o melhor curso, os melhores amigos, um bom seguro, a melhor casa, a melhor catequista... o melhor futuro. E porque se trata mesmo de garantir o futuro dos nossos filhos, será que estamos mesmo a fazer tudo o que de melhor sabemos e podemos para eles se amanharem devida e desenrascadamente nos duros e difíceis dias de amanhã? E que poderão fazer aqueles pais cujos filhos não querem estudar nem trabalhar, só querem é mesmo diversão... e estão-se nas tintas para futuro? Mas para este testo também existe uma panela... e das boas.
Em casos de filhos ou filhas difíceis e sem jeitinho algum para afrontar as agruras da vida, sempre nos restará a solução de os inscrever numa dessas juventudes do chamado "arco do poder", como a JSD, solução de recurso que bem depressinha se poderá transformar, a troco da chatice de umas quantas reuniões (cowboiadas) por mês, numa verdadeira solução de futuro, com opções tão diversificadas como a de autarca eleito numa Câmara Municipal de segunda ou terceira categoria, mas que poderá também descambar num lugarsinho sentado na secretaria de estado do ambiente, da solidariedade social, ou até, com alguma sorte e os amigos certos, como primeiro ministro. E olhem que não seria a primeira vez!... Mas, dirão vocês... "como chegarão eles até aí se nem um cursinho ou licenciatura tiraram"? E isso algum dia foi problema? O que mais há são cursos. Haja é dinheirinho ganho nas ditas "gorduras" do Estado e os amigos certos à mão!... lembram-se da Lusofona?... pois...
Por isso, para quê obrigar os miúdos e as miúdas a queimarem as pestanas e a marrar nos livros anos e anos a fio?... para quê preocupações com mais éticas ou menos éticas, moralidades ou menos moralidades?... não percam mais tempo a moer desnecessariamente os miolos aos jovens que não querem estudar nem trabalhar, mas sim tanga, dinheirinho fácil e diversão... dirijam-se antes à sede da JSD mais próxima!...
No último domingo do ano meti-me à aventura e fui dar água sem caneco lá para os lados de Labruge, Vila do Conde. Não sei porquê mas custa-me desligar-me do mar, pois, vivendo todos os dias com o mar tão perto... decidi-me e fui de novo respirar o mar. Será que nas minhas veias corre sangue viking, esso povo guerreiro adorador do oceano?... efectivamente não sei... mas suspeito que os "rus", povo viking que deu origem ao reino de Kiev e mais tarde ao povo russo, devem ter algo a ver comigo. Pois, como ia dizendo, cheguei a Labruge, Vila do Conde, vindo de Angeiras, Matosinhos, quando me deparei com uma tabuleta que me indicava o Castro de S. Paio. Castro, civilização celta, história, local desconhecido, novos conhecimentos, novidades, praia, mar, aventura, conjugação de sensações explosivas... e lá fui eu a correr.
O Centro Interpretativo de S. Paio, no Lugar de Moreiró, Labruge, Vila do Conde, é um espaço cultural interesantíssimo situado mesmo junto a uma praia lindíssima. Aí podemos inteirar-nos e apreciar as ruinas de um antigo castro, povoado da idade do ferro habitado por povos a quem os romanos apelidaram de Calaicos, e que é tão somente o único castro marítimo da parte portuguesa do noroeste da península. No Centro Interpretativo, todo muito bem documentado com informação e objectos, podemos apreciar diversas peças arqueológicas recolhidas no local e fora dele, como pequenos brincos em pedra que serviam para fazer peso nas redes de pesca, machados de pedra, pequenos objectos de cerâmica e outros usados para tecer. Mesmo junto ao mar, podemos ver ainda os chamados "penedos amoladoiros", rochas utilizadas para afiar os machados de pedra.
Como o Centro Interpretativo é servido por um pequeno bar-restaurante, decidi aproveitar para dar uma vista de olhos e analisar o cardápio e, sentado à mesa, surpresa das surpresas... mas que ricas petingas (sardinhas pequenas)fritas em farinha milha, que excelentes rissóis de camarão, que saborosos bolinhos de bacalhau... daqueles com bacalhau a sério. Mas há mais, que ficam para degustar na próxima visita, como aquele pratinho que vimos passar mesmo rente ao nosso nariz... mas que ricas ameijoas com molhinho servido à maneira!...
Para quem gostar da mescla apresentada... uma visitinha a não perder num próximo domingo!...