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russomanias

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Huguinho, Zezinho e... Luisinha

Quando era puto não havia miúdo que não soubesse quem eram o Tio Patinhas, o Mickey, o Pato Donald, o Pateta, os Irmãos Metralha, a Maga Patalógica e outras figuras então mágicas do genial Walt Disney, muito lidos e admirados naqueles almaques em banda desenhada, escritos no encantador português do Brasil. Todas aquelas ilustres figuras tinham uma personalidade muito própria e "sui generis", pelo que o Tio Patinhas se destacava pela sua avassaladora avareza, o Pato Donald pela loucura amorosa pela Margarida e o Pateta pelas suas invencionices, que quase sempre acabavam em desastre. Havia várias outras figuras interessantes, como o Gastão, o primo do Pato Donald. Mas o que vos quero aqui hoje trazer e lembrar são outras três figuras que por vezes apareciam e animavam a leitura da miudagem, e que são nem mais nem menos que o Huguinho, o Zezinho e o Luísinho, sobrinhos do Pato Donald. Eles para mim eram muito engraçados, pois quase sempre falavam em economia de esforço e de forma triangular. Assim, se passavam os três pelo seu tio Donald e lhe queriam dizer "Bom dia tio Donald!", faziam quase sempre desta forma: o Huguinho dizia "Bom dia...", o Zezinho por seu lado dizia "...tio..." e o Luisinho terminava com "...Donald!".

 

Pois descobri agora que nós também cá temos os nossos Huguinho, Zezinho e Luisinho, melhor, Luisinha, pois a nossa Ministra das Finanças disse há dias numa reunião de fogosos, encantadores e irreverentes jotinhas que era necessário fazer mais cortes nas pensões na ordem dos 600 milhões, facto que causou o maior sururu em todo o país e também nas hostes alaranjadas. Vocês estão a ver, a dias das eleições vir dizer que vão desancar outra vez nos mesmos desgraçados de sempre, aquilo era trambolhão pela certa e adeus possível governo! Então lá apareceram a dizer, muito preocupados, os nossos Huguinho (Marco António) "Não vamos...", Zezinho (Mota Soares) "...cortar..." e Luisinha (Maria Luís) "...nas pensões!"... 

 

Agora vêm-nos dizer, à boca das eleições, que afinal já não vão cortar nas pensões, é isso? Não será mais uma atabalhoada invencionice do trapalhão Pateta?...

 

 

 

Carreiristas... "sulistas, elitistas e liberais"!...

Quando Luís Filipe Menezes apelidou a classe dirigente do PSD, no congresso do seu partido de 1995, de "sulistas, elitistas e liberais", o ilustre laranja nortenho foi vaiado e apupado de uma forma tão vexatória e marcante que até hoje nunca mais se recompôs da desbragada ousadia. Filipe Menezes foi insultado sim, mas não é que tinha mesmo razão!... Chamou-lhes de "sulistas" não por serem do sul, mas sim por naquela altura, como hoje, os principais dirigentes do seu partido terem uma visão centralista da governação e terem rapilhado, como ainda hoje rapilham, os principais fundos do país para os aplicar na capital e arredores; "elitistas", porque sendo nessa altura o PSD um partido de "barões", como ainda hoje é, o termo de "popular" na sua sigla era mesmo para enganar anjinhos e não para levar a sério; "liberais" porque, apesar de se dizer "social-democrata", no fundo o que o PSD queria, e quer, é uma sociedade em que cada um faça por si, em que os mais fortes sejam livres de se prevalecer dos mais fracos... manipulando-os no sacrossanto e poderoso "mercado".

 

Claro que Filipe Menezes, talvez porque na altura não tinha lido ainda Estaline, cometeu o grave erro de atacar os "inimigos do povo" sem antes se ter apossado das rédeas do poder, o que lhe foi fatal. Mas o que interessa é que o notável nortenho tinha carradas de razão e uma visão aguda da "máquina" de poder de que fazia parte e que ainda hoje carbura nos mesmos moldes... com uma ligeira alteração. É que hoje em dia é extraordinária a quantidade de gente que aparece à frente do seu partido disposta a tudo fazer para agradar a Passos CoelhoWolfgang Schäuble e Angela Merkel, pelo que nada interessa dessas estórias de "popular", "social-democracia", de "Direitos do Homem" ou seja lá do que for, o que interessa, isso sim, é estar do lado dos que podem garantir um bom lugar no futuro, se possível bem pago e longe dos míseros e reles "profanos" que recebem ordenados de 505, 1000 e 2000 euros mensais.

 

Pelo que, meu caro Luís Filipe Menezes, atrevo-me a fazer um ligeiro "up grade" na sua já célebre formula para..."carreiristas, sulistas, elitistas e liberais", esperando que não me leve a mal, claro!...

 

Quando queremos... podemos!...

Quando se aproximam as eleições legislativas em Portugal, é interessante sabermos o que se vai passando lá por fóra quanto à disposição dos eleitores relativamente às políticas de dura austeridade impostas aos elos mais fracos da economia europeia, nomeadamente aos países do sul da Europa, em que Portugal, logo a seguir à Grécia, tem sido tratado como o pião das nicas da arrogante e insensata Sr.ª Merkel. Por conseguinte, revestem-se da maior importância os resultados das eleições autárquicas e autonómicas da nossa vizinha Espanha, não só para a assolada população do nosso irmão ibérico, mas igualmente para o próprio desenvolvimento político futuro em Portugal. É que, cá como lá, temos sido governados por dois grupos partidários com idênticas posturas relativamente aos ditames da dita Europa rica, ou do norte, nomeadamente o PSD/CDS e o PS, em Portugal e o PP e PSOE, em Espanha.

 

E o que nos dizem, pelo menos para já, os resultados das eleições em Espanha do passado domingo? Traduzido em números, o PP perdeu, relativamente às eleições de 2011, cerca de 2 milhões de votos, perdendo igualmente a maioria absoluta em numerosas autarquias e a Câmara de Madrid por uma unha negra que não passou para o novo partido Podemos. O PSOE, por seu lado, perdeu cerca de 700 mil votos e deixou de ser a segunda força política mais importante de Espanha. Isto é, o povo espanhol penalizou claramente a política de dura austeridade seguida por Mariano Rajoy, do PP, tendo igualmente cilindrado o PSOE, partido que tem feito parte do chamado "arco do poder" que tem mergulhado a Espanha em sucessivos escândalos políticos e financeiros.

 

Por conseguinte, que lição devem tirar os portugueses das eleições em Espanha? Entre outras, a de que... quando queremos podemos!...

 

 

Venham a correr meus amigos brasileiros!...

Podemos nem gostar de todas elas, mas que são bem feitas são. Refiro-me aqui às telenovelas brasileiras, que desde o ano de 1977 inundaram Portugal e têm feito as delícias de todos nós. Desde que cá chegaram os portugueses deixaram de mandar piropos foleiros às meninas, tipo "és toda boa!" ou "comia-te toda!"e passaram ao mais melodioso e romântico "você é linda, viu!", comovedora mudança social que tornou o nosso povo menos rude e mais sensível aos momentos belos da vida, para além de um pouco mais alegre e propenso à diversão. Depois veio a picanha, a farofa, a "maminha", a caipirinha... e foi o consumar da revolução!...

 

Soube-se há dias que os fogosos candidatos a primeiro ministro António Costa e Passos Coelho vão ter especialistas brasileiros em comunicação e marketing político a orientar as próximas eleições legislativas que se vão realizar em Portugal, o PS com Edson Athayde e o PSD com André Gustavo. Diz quem os conhece que é do melhor que por aí há, sendo Edson Athayde o "conselheiro" que levou António Guterres ao poder. Conhecimentos e capacidades não se discutem, pelo que se foram contratados pelos nossos maiores é porque são mesmo bons a "fazer a cabeça" do pessoal em época de ida às urnas, fazendo-os esquecer das "promessas" feitas e não cumpridas, do desemprego galopante, dos cortes nas reformas e nos ordenados dos funcionários públicos.

 

De uma coisa podemos nós ter a certeza: nenhum dos dois certamente famosos especialistas brasileiros em comunicação e marketing político nos vai explicar convincentemente como acabar com as vergonhosas e escandalosas diferenças entre ricos e pobres em Portugal. Mas se eu estiver enganado... venham a correr meus amigos brasileiros!...

 

 

Onde se fala de santinhos, bruxos e eleições

Eu e alguns colegas meus quando eramos putos e viamos um padre na rua era habitual corrermos para ele a pedir-lhe um "santinho", que era nem mais nem menos que uma pequena imagem de um santo impresso num pequeno rectangulo de papel. Por vezes, em Junho, na altura das festas populares do Santo António, do São João ou do São Pedro, todos juntos também montávamos pequenas e bem enfeitadas cascatas nos passeios das ruas, ornamentadas com bonecos de barro de algum santeiro de Avintes ou de Coimbrões, e lá iamos nós, a correr, pedir a quem passava umas moedinhas para o santo da ocasião. Claro que nem sempre tudo corria bem, pois se pediamos uma moedinha a alguém e não iamos equipados devidamente, a pergunta do passante era óbvia: "para que santinho pedes tu, meu menino?" Claro que se dissessemos que pediamos para o São João mas não levavamos o santo de barro respectivo, a resposta não tardava: "então andas a pedir para o São João mas não trazes o Santo?". Pelo que... moedinha nem vê-la!... Quando era menino, como se vê, eu acreditava em santinhos.... mas, como já disse, nem sempre as coisas corriam bem.

 

Aqui há dias também se soube que alguém do clube cá da terra foi a uma consulta a um bruxo para armadilhar o terreno ao glorioso Benfica, com a intenção clara de beneficiar quem de todo não merecia e prejudicar os que tinham suado as estopinhas e corrido até cair para o lado. O bruxo era infalível, diziam, e todos ficaram surpresos quando o Benfica mandou o tal bruxo às malvas e se sagrou campeão. Será que a bola de cristal estava com as pilhas em baixo ou ainda haverá pessoas neste mundo com o cérebro a funcionar a carvão de choça?...

 

A última novidade é que andam para aí uns comentadores, ditos políticos, e que pedem em simultâneo e a pés juntos o "voto útil" no PSD/CDS ou no PS nas próximas eleições. Só numa dessas duas possibilidades é que vale a pena os portugueses votarem, dizem, pois os restantes partidos não têm interesse e vão ser cilindrados. Perante as inacreditáveis e ditas infalíveis "certezas" desses conhecidos "bruxos", um deles tão pequenino que mal chega à tijela da sopa, só me resta perguntar-lhes, como me fizeram quando eu era puto... "para que santinho pedem vocês, meus meninos?"...

 

 

Adoro os nossos "heróis" do futebol!...

É habitual dizer-se que Portugal é um país de brandos costumes, e onde melhor podemos verificar da cabal veracidade ou não dessa afirmação é precisamente nos nossos campos de futebol, antes, durante e depois de vinte e dois geralmente bem pagos "players" terem baralhado e perseguido a bola pelos quatro cantos do relvado. É claro que se me vierem para aqui dizer que essa "brandura" não é nada comparada com a dos estouvados madrilenos ou a dos destrambelhados teutónicos, isso pode acontecer, mas do que aqui estamos a falar é dos heróicos e valentes lusitanos, esses destemidos pastores que colocaram as hostes de Roma na mais completa debandada. E para provar que somos mesmo um povo de destemidos "heróis", basta-nos olhar para o que se passou este último domingo em Guimarães e em Lisboa, com todos aqueles "soldados" vermelhos em pé de guerra, prontinhos a defender a Pátria e os valores da democracia duramente conquistados.

 

E não me venham dizer que aqueles revolucionários soldados "vermelhos" são os mais valorosos em campanha, pois sempre que necessário os similares esquadrões "azuis" ou "verdes" são tão bons como os primeiros e todos juntos são, sem dúvida, uma reserva militar e moral deste nosso jardim à beira-mar escarrapachado. Claro que a minha satisfação não pode ser melhor do que a que é hoje, pois verifico que o nosso país está vivo e bem vivo, com uma capacidade ofensiva fora do comum, pronto a deixar em frangalhos qualquer tentativa de agressão externa, por mais poderosa que seja. Se a NATO precisa mesmo de bons "soldados" para combater os infieis, sinceramente não compreendo que ainda não tenha reparado neste nosso Portugal, pois aqui eles existem aos molhos, somos um fervilhante viveiro dos melhores deles, de todas as cores do arco-iris.

 

Claro que qualquer um de vocês me pode colocar a pertinente questão, e bem, de saber por que raio de razão esses valorosos "soldados" estão sempre tão caladinhos e deixam de ser "heróis" quando o Governo ou o patrão lhes vão, desalmada e airosamente, aos bolsos. A minha resposta só pode ser uma... "os heróis também se abatem"!...

 

 

Passos Coelho tem toda a razão!...

Passos Coelho disse ontem que Portugal é considerado um país rico no mundo e, bem vistas as coisas, sabem que mais, dou-lhe toda a razão! Bem sei que os meus amigos vão já começar a dizer que sou um vira-casacas, um revisionista, um "aleijadinho", mais um daqueles que tentam arranjar um bom "tacho" em troca de uns quantos certeiros elogios. Mas não, estejam descansados, a minha ambição não é essa, mas sim demonstrar-vos que não critico só por criticar, que não digo mal só por dizer, que não assapo nos partidos do Governo só pelo maquiavélico gosto de desancar no poder. Não, também há que elogiar quando o elogio é justo, também há que enaltecer quando a ideia é boa, mesmo que não se goste, um pouquinho que seja, do elogiado, o que é o caso.

 

E que Passos Coelho tem razão quando diz que Portugal é considerado pelo mundo como um país rico, isso é possível provar através de três factos por todos nós, portugueses, bem conhecidos: primeiro, só mesmo um país rico e desafogado se pode dar ao luxo de ter comprado dois submarinos alemães "top model" que custaram cada um uma pipa de massa e que vão acabar de ser pagos na velhice dos nossos netos; segundo, só mesmo um país ricaço como o caraças tem possibilidade para pagar reformas de 4.000 euros/mês, e daí para cima, a pessoas que trabalharam seis meses num Banco do Estado; por último, e em terceiro lugar, se a marca de automóveis Mercedes Benz vende em Portugal, em média, o dobro do que vende no resto do mundo, tendo em conta a população, naturalmente, isso só pode acontecer, de facto, por o nosso país ser efectivamente um país rico, muito rico. Claro que aqui há que ter em conta as elevadas encomendas feitas àquela marca pela nossa riquíssima Assembleia da República, pelo também sempre bem andrajado e chiquérrimo Governo, pelas portentosas e altamente lucrativas empresas públicas e, não esquecer, pelas nossas faustosas e endinheiradas autarquias.

 

Contudo, dirão vocês, e os conhecidos indíces de pobreza do país, o elevadíssimo desemprego, a forte emigração, os idosos com reformas de miséria, as crianças que vão para a escola com fome?... Porra, lá voltam vocês com a famigerada cassete!

 

Vocês me desculpem, mas todas essas tristes e comovedoras minudências que referem, meu queridos amigos, não passam de malfadados "faits divers", próprios de gente tacanha e de baixa condição!...

 

  

O meu Partido sou eu!...

Por vezes dá-me mesmo para rir quando vejo um ou outro amigo meu pegarem-se por razões de ser este ou aquele partido o que melhor defende isto ou aquilo, o mais apto para isto ou aquilo, o mais verdadeiro de todos, o mais capaz para, o mais ou menos revolucionário, o mais socialista ou social-democrata do que, enfim, o mais prático ou o mais conservador para nos garantir um futuro risonho e promissor. Não é que eu seja um tipo descrente em ideais ou falho de objectivos, pelo contrário, é mais antes aquela situação de já ter visto tantos bons "filmes", tantas "curtas" e "longas-metragens", ter conhecido já tantos "políticos honestos", tantos "socialistas" e "sociais-democratas" verdadeiros, tantos "revolucionários" que deram a vida pelos "amanhãs risonhos", pela "sociedade sem classes", pelo inolvidável "homem novo" que, meus queridos e pacientes amigos, decidi desde há uns tempos a esta parte que teria de mudar de rumo e procurar adequar a minha única e simples vida... à própria vida!...

 

E no fundo, que vemos nós hoje que nos possa encaminhar e fazer acreditar que é esta ou aquela a solução mais segura quanto a garantir um melhor futuro para os cidadãos deste país? Já vimos socialistas e sociais-democratas no governo com políticas de direita, pelo que são a própria direita, os comunistas não têm estado no governo mas se lá chegarem fazem como os outros e sacodem para dentro e para os amigos, que é o que se tem passado em todos os países em que estiveram no poder, ou então indiquem-me lá um em que isso não aconteceu. É que o problema é que somos todos pessoas e o poder é um afrodisíaco poderoso e dá muito jeito às nossas ricas vidinhas. Então, "que fazer", como dizia Lenine? Eu por mim tenho uma teoria, que é a de que "o meu Partido sou eu", e por isso apoio aquele que no momento melhor servir os meus interesses como cidadão de pleno direito. 

 

Bem sei que se o tio Staline fosse ainda vivo e o primeiro ministro de Portugal, com esta minha teoria eu do Gulag não escapava, quem sabe até me mandasse de "férias" para a Lubianka ou para a Butyrka para me reduzirem a picado. Ufa!...

 

 

Burros, jericos e outras cavalgaduras

Segundo o jornal Económico de ontem, as grandes empresas portuguesas e algumas multinacionais estão descontentes com a falta de liderança nos nossos jovens, situação na sua força de trabalho que pelos vistos dificulta os seus desígnios de expansão e domínio nos mercados. As grandes empresas consideram assim urgente adaptar o ensino profissional - do 10.º ao 12.º ano - às suas necessidades de recrutamento, pelo que dado o facto de o ensino profissional em Portugal ter sido destruído e o pouco que dele resta andar pelas horas da amargura, está-se mesmo a ver que as grandes empresas vão continuar ainda a barafustar por muito mais tempo. Mas, independentemente de os jovens de hoje terem ou não à sua disposição um verdadeiro ensino profissional que os prepare para a vida, e que na verdade não têm, a realidade é que quem trabalhou já em alguma "empresa" digna desse nome sabe perfeitamente que os conhecimentos de uma qualquer escola profissional são mais que insuficientes para permitir aos jovens a tal capacidade de liderança de que falam as grandes empresas, já que a maior parte desses conhecimentos são adquiridos através da... experiência.

 

E aqui, como dizia o meu saudoso avô António, é que "a porca torce o rabo". Então as grandes e médias empresas deste país andam há anos a empurrar pela porta fóra os seus profissionais mais capazes e experientes e a colocar no seu lugar "meninos" e "meninas" sem qualquer tarimba, pagos alguns abaixo do ordenado mínimo, e agora vêm queixar-se da falta de "liderança" dos jovens? É que, como também dizia o meu avô António, "quem tem burro e anda a pé bem burro é". As grandes empresas portuguesas têm é que aprender com as empresas dos restantes países desenvolvidos da Europa, pois são muitos os portugueses que para lá emigraram já com mais de 50 anos de idade e a pergunta que essas empresas lhes fazem é se se acham capazes de exercer o cargo para que concorrem, sem se importarem com a idade que tenham.

 

Ora, como toda a gente sabe, em Portugal alguém com mais de 30 anos de idade para essas empresas já é "velho", pelo que se o meu saudosíssimo avô António fosse hoje ainda vivo, sem esta não passavam... "seus jericos"!...

 

 

Sondagens e... tripas enfarinhadas

Aquelas eleições da passada quinta-feira no Reino Unido vão ficar mesmo imorredoiramente na história como a maior das demonstrações do que valem verdadeiramente as sondagens eleitorais. Aquilo foi um ataque diário à cabecinha dos eleitores ingleses, fazendo-os acreditar que o resultado seria um empate entre os conservadores e os trabalhistas... porque assim diziam as sondagens. No final foi o que já todos sabemos, uma retumbante vitória do partido conservador... e por maioria absoluta. Aqui em Portugal, sempre que se fala em sondagens, não deixo de me perguntar porque motivo em tantos actos eleitorais em que tenho participado nunca fui contactado, pessoalmente ou por telefone, para dar a minha modesta opiniãosinha quanto ao voto. Também não conheço ninguém que o tenha sido por uma dessas duas formas. Porque será? Será que as sondagens são mesmo efectuadas ou tudo não passará de uns quantos desejos e vontades atamancadamente expressas em números, que depois raramente se confirmam? Sempre desconfiei de certas sondagens e o que se passou nas últimas eleições do Reino Unido é claro de mais para a minha embatocada inteligência.

 

Já se me fizerem uma sondagem, o que duvido, a saber se a ASAE deveria ou não proibir a venda das nossas famosas e populares tripas enfarinhadas nas tascas e restaurantes cá da terrinha, desde já vos afirmo que voto redonda e abertamente contra a proibição, ainda para mais agora que cá em casa descobrimos que as ditas tripinhas vão que nem canja envolvidas em molho de francesinha (atenção... molho caseirinho!...). Claro que tal sondagem seria absurdamente desnecessária, pois é comummente sabido que o partido dos cotas está mais que derrotado quanto ao consumo destas e doutras outrora nacionais e populares iguarias, já que o partido dos putos leva avassaladora vantagem a partir do momento em que a poderosa ASAE atraiçoou o rico património gastronómico português e se bandeou para o lado das multinacionais do "fast food".

 

Não sei se já participaram alguma vez numa verdadeira sondagem. Quanto a mim, se algum dia acontecer... eu aviso-vos!...

 

 

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