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russomanias

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Alô alô... é do castelo da Raínha?...

A Inglaterra mandou ontem às urtigas a União Europeia. Atendendo ao conhecido sentido prático dos ingleses, estes também só cá estiveram dentro para o que lhes interessava... contribuir com o menos possível e receber imperativamente o máximo, sempre o máximo. Isso assim também a nós, portugueses, nos convinha, e de que maneira. Mas não, aos ingleses lá foi concedida excepção atrás de excepção, enquanto que ao peixe miúdo como Portugal, Grécia e Espanha era pegar ou largar, ou melhor, a partir de determinada altura era somente uma questão de ter de forçosamente obedecer, que isso de democracia era só para constar desses papeletos a que alguns têm a veleidade e a ousadia de chamar de constituição, ou então para abrilhantar umas viajenzecas a Bruxelas para coroar teses de mestrado em Direito Comunitário por parte de meninos e meninas que ainda sonham e têm orgasmos com a Europa "solidária". É claro que agora é tempo dos habituais políticos e contabilistas malabaristas fazerem as contas ao Deve e Haver desta saída traumática, apresentarem explicações para tal saída e prevenir exemplos seguidistas por parte de alguns dos restantes 27.

 

Motivações económicas à parte, sim, que o dinheiro é e continuará a ser o "motor" que faz mover, e de que maneira, a sociedade actual, a verdade é que poucas coisas existem já que possam congregar os povos europeus em torno de um projecto comum. Em países como Portugal, por exemplo, hoje em dia nada ou quase nada que venha da Europa nos faz sorrir ou cria em nós um forte sentimento de verdadeiro orgulho e de pertença, antes pelo contrário, somos injectados diariamentes com doses surdas e exponenciais de cinismo e hipócrisia, diria até de constante e deprimente humilhação. Ora, é precisamente ao verificar a "dose de cavalo" de arrogância com que são tratados países como a Grécia e Portugal que alguns povos europeus já começaram, continuam e continuarão a se questionar... "e se algum dia os eurocratas de Bruxelas se viram para nós"?...

 

Para já, têm a palavra os súbditos de Sua Majestade... alô alô... é do castelo da Raínha?...