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russomanias

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Dicionário de Política para Tótós - de A a Z

CDS/PP - Centro Democrático Social/Partido Popular - Partido político português fundado em Julho de 1974 por Diogo Freitas do Amaral, Adelino Amaro da Costa, Basílio Horta, Vítor Sá Machado, Valentim Xavier Pintado, João Morais Leitão e João Porto, tendo actualmente como líder Paulo Portas, vice-primeiro ministro do actual governo PSD/CDS. Tendo-se inicialmente apresentado como um partido inspirado na democracia cristã e do centro, cedo se verificou ser portador de uma política declaradamente de direita e pouco disponível para a defesa dos humilhados e ofendidos cristãos que convivem todos os dias com uma política de feroz austeridade e crescente miséria.

 

Também conhecido como o partido do "táxi", por nele de vez em quando caberem os seus representantes eleitos, mercê de uma desastratada e saltitante política entre o PSD e o PS, que os eleitores mais atentos e informados têm geralmente condenado, o CDS/PP é hoje mais o resultado das habilidosas e malabaristas acrobacias políticas do seu lider do que do real valor do seu aparelho partidário, hoje em dia muito desacreditado. Efectivamente, esperto como é (já Álvaro Cunhal o tinha constatado), Paulo Portas tem conseguido "dar a volta" a um apreciável número de eleitores, não se coibindo nunca de, para chegar ao poder, calcorrear feiras e mercados de norte a sul do país com o fito de vender, habilidosa e convincentemente, a sua preciosa "mercadoria": a defesa dos reformados e pensionistas, dos pequenos agricultores, dos ex-combatentes da guerra do ultramar, do abaixamento dos impostos, do corte nas "gorduras" do Estado. Em 2011, após a queda do governo de Sócrates, o CDS/PP e o seu "revolucionário" líder mais uma vez chegaram ao poder, desta vez pela mão de Passos Coelho e do PSD. Aqui chegados, que vimos nós hoje?

 

O CDS/PP apoiou aberta e expressamente o ataque descarado e generalizado, por parte do governo, aos rendimentos dos reformados e pensionistas, depressa se esqueceu dos agricultores, dos ex-combatentes do ultramar nem fala neles, apoiou silenciosamente brutais subidas de impostos e, quanto às faladas "gorduras" do Estado, continuam a estar onde estavam. Apoiou igualmente o desmantelamento progressivo do ensino público e do serviço nacional de saúde, apoiou e contribuiu para a desertificação do interior do país através do encerramento e deslocação de serviços e infra-estruturas essenciais como estações dos correios, tribunais, repartições de finanças e outros serviços públicos. Onde pára a tal democracia-cristã de que se arroga o CDS/PP? Porque contribui descaradamente para o lançar na miséria de centenas de milhares de cristãos que diz defender?

 

Mas afinal o que é na verdade o CDS/PP?

 

                                                                                       um partido da direita, da direita mais retrógrada e reaccionária!...