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russomanias

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Ronaldo, ilusões e companhia

Pelo andar da carruagem pelos vistos ainda não vai ser desta que essa fulgurante e mítica figura chamada de Ronaldo nos vai entregar de mão beijada um título Europeu ou Mundial a nível da Selecção de Futebol. É que já está por demais visto que o país é muitíssimo pequenino, pelo menos a nível de liderança cerebral, para construir de alicerce algo de sustentável e valioso que possa por si só ser digno da nossa confiança e respeito. Sim, de vez em quando lá vai aparecendo um Eusébio, um Chalana, um Futre, um Figo ou, como agora, um Ronaldo, que ainda dão uns pontapés certeiros de vez em quando e nos dão a entender que vivemos numa terra de bom futebol, mas este país, como disse, é um tanto arenoso e pequeno de mais de cachóla para poder projectar, cimentar e colocar em andamento uma verdadeira máquina colectiva que se decida a antecipadamente vencer. Veja-se o Euro 2004, em que tinhamos tudo na mão para concretizar o sonho, com um excelente colectivo, uma mão cheia de jogadores de alto gabarito, a jogar sossegados no nosso terreno, o país todo direccionado para o mesmo objectivo, e o que é que nos aconteceu? Meia dúzia de chico-espertos lá da capital decidiram "amarrar" o treinador da Selecção aos seus desígnios pessoais e este, ao fazer-lhes, submisso, a vontade, entregou logo no primeiro jogo Portugal à Grécia

 

Tem sido muito claro que neste Euro 2016 para além de Ronaldo pouco mais temos para colocar em cima da mesa, desculpem, no relvado. Todos estes anos em que os principais clubes portugueses andaram a comprar jogadores a preço de saldo pelas Américas teve como nefasta consequência que as nossas possíveis "estrelas" ou não foram incentivadas ou não lhes deram oportunidade, já que Portugal até tem tido excelentes resultados nas camadas jovens, como o último título europeu dos Sub-21 veio mais uma vez comprovar. Por tudo isto, o nosso Presidente Marcelo em vez de andar a colocar minhocas descabidas nos portugueses sobre uma possível "vitória" no Euro 2016, deveria era direccionar os responsáveis do futebol nacional para o verdadeiro exemplo da organização do futebol na Islândia, uma equipa oriunda de um país que em três anos subiu 109 lugares no "ranking" da FIFA, e que, com os seus 300.000 habitantes (menos que o concelho de Sintra) e um clima extraordinariamente gelado, impróprio para a prática do futebol, quase levou de vencida o convencido Portugal. É que, como por vezes nos diz a experiência, "afectos" em demasia podem fazer baixar a guarda nos momentos decisivos, pelo que um bom "puxão de orelhas" no sítio certo é do que certamente estarão a precisar certos "senhores" que vivem à grande e à custa das ilusões afectivas do futebol nacional.

 

  

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